07/07/2012
Tarde chuvosa e fria, mas que não nos impediu de elaborarmos mais uma pesquisa neste lugar maravilhoso, em companhia do novo detectorista Mauro ficamos por 02 horas na mesma trilha que estamos passando metódicamente, pois sabemos que ainda há muita coisa por se encontrar.
Um pouco da história deste local mágico:
"Enfim a sorte caiu sobre Bom Retiro do Cruzeiro ( primeiro nome de Luzerna).Em
1939 começou a realização do projeto.O custódio da província, Frei Mateus
Hoepers, em sua visita a Bom Retiro, aos 11 de abril de 1939, traçou a planta do
futuro colégio preliminar. Sendo apresentada ao definitório, sofreu algumas
modificações. Aos 20 de agosto veio a Bom Retiro o definidor Frei Bernadino
Bortolotti, trazendo a planta modificada e a nomeação de Frei Meinolfo como
chefe da execução. Praticamente, porém, o superior da residência de Bom Retiro,
Frei João Evangelista Reinhert teve que executar a obra, estando Frei Meinolfo
ausente.
Aos 19 de agosto de 1940 terminara a construção externa do novo
colégio, faltando ainda a pintura, a instalação externa do novo colégio,
faltando ainda a pintura, a instalação da luz e água. Por 8 contos, Frei João
conseguiu comprar a encanação da água, fazendo ótimo negócio. Fins de agosto,
Frei Alexandre, guardião de Rio Negro, chega a Bom Retiro por causa das
instalações internas do colégio. (construção de madeira).
Havia outro
problema a resolver. Quem havia de assumir o serviço interno do colégio?
Pensou-se em chamar uma congregação de irmãs. Os esforços do R. Pe. Provincial
Frei Marcelo Baumeister, neste sentido, foram em vão. Já queriam mandar o futuro
reitor para Bom Retiro. Mas como o capítulo estava próximo, ficou tudo sem
solução definitiva. O capítulo, enfim, determinou a abertura do colégio no ano
de 1941. O dia do começo do ano escolar estava perto. Logo foi nomeado o Reitor
do novo colégio São João Batista, Frei Virgílio Berri. Fins de janeiro partiu
para o colégio, encontrando ali, já dez alunos sob os cuidados de P.Frei João e
Frei Gustavo.
O primeiro colégio, no entanto, não estava em condições
para acolher tantos alunos, muito menos para começarem as aulas. O reitor fez o
que pode nestes poucos dias. A cozinha ainda não estava instalada, apesar dos
esforços de Frei Silvestre, que viera por ordem do R. P. Provincial. Como o
fogão não viera ainda, não se admiraram pouco, quando em última hora receberam
um telegrama de Rio Negro, dizendo-lhes que vinham o Prefeito do colégio, mais
28 alunos. Correram á estação. Tudo estava em alvoroço, o tempo ruim parecia que
quis favorecer a confusão comum. Como dar de comer a tanta gente? Enlameados,
chegaram até a vila. Não havia outro meio. Tiveram que comer no hotel. As
primeiras impressões dos alunos não foram das melhores. Chovia, chovia muito.
Parecia que o aguaceiro não acabava mais. Aos poucos, porém, foram os alunos
acostumando-se ao colégio e ao modo de vida.
Uma das maiores
dificuldades para os garotos, certamente foi a falta de um campo de jogos. As
aulas ainda não podiam iniciar. Não tinham vindo os livros escolares. Só dia 13
de fevereiro, enfim, começaram as aulas.
Fonte:
O presente é fruto de pesquisa de FREI FRANCISCO ORTH (falecido) que a
meu pedido levantou dados sobre o Seminário São João Batista de Luzerna – SC.
Ele informou que que colaboraram na pesquisa, FREI DANILO MARQUES (falecido)
e FREI GUIDO TONIOSSO.